Sistinas
Corações Negros - parte 1
#25

Corações Negros - parte 1

E então faça-se a luz..." - foi a primeira frase consciente que sua mente formulou. Uma frase idiota, sem sentido, pois estava tudo mergulhado no escuro. Mas, se pudesse ver, a primeira luz seria vermelha, afinal era sangue que escorria em seu rosto!

"Estou vivo!" - estranho chegar a essa conclusão, e mais estranho ainda é ter conhecimento de que esteve morto!

"Morto por quanto tempo? Eu estou... enterrado? Meu cérebro esteve apodrecido esse tempo todo? Como então não esqueci minhas memórias?"

Mas, no momento, seu cérebro só conseguia registrar dor. Sabia que seu corpo estava quase decomposto, apesar da fagulha de vida que lhe animava. Uma fome incontrolável aliada ao desespero fez com que seus dedos esqueléticos procurassem cavar a terra que lhe guardava.

Aos poucos foi se lembrando. Agora era um imortal. Buscou por isso durante toda sua vida natural, e conseguiu. "Viver eternamente é uma maldição, mas agora só quero me levantar!" Então a criatura parou, escutando, e percebeu que algo acontecia no chão acima do seu corpo...

Rudolf costumava abusar sexualmente de mendigas. Aliciava as mais aproveitáveis e as trazia para aquele cemitério. Com um pouco de sorte conseguia uma virgem, como essa, que agora se debatia enquanto ele a penetrava. O cheiro dela era forte, de urina e suor, mas o principal também estava ali: o medo! Era esse seu alimento.

— Sua puta! Sua virgindade por um prato quente de comida, era o trato, apesar de não ter te contado, você sabia, sua vadia! Agora sou eu quem vai te comer!

A mendiga era adolescente. Por um milagre não era viciada em crack e nem tinha ainda se prostituído para conseguir comida, até se deparar com Rudolf pela frente. Ele era louro, alto, forte como um touro e até bonito. Mas era um monstro, um estuprador.

O sangue viscoso escorria, cada vez mais abundante a cada estocada dura de Rudolf. Da virilha, molhava suas coxas doloridas com os frenéticos movimentos, e pingava na grama amarelada abaixo. Se o estuprador não estivesse tão deliciado com a sensação de estar deflorando uma virgem, perceberia que algo acontecia no chão bem debaixo de si.

— Gosto de arrombar vaquinhas apertadinhas como você! É um tesão!

A menina se contraía mais, e com isso o suplício era maior. A penetração tinha sido quase seca, e ela sangrava mais e mais. Ele estapeava seu rosto toda vez que ela ia desmaiando, e seu olho esquerdo já estava tão roxo e fundo de socos quanto o de um lutador de boxe.

— Foder uma virgem dá uma dorzinha gostosa no saco que você nem imagina!

Ela quase não ouvia direito as obscenidades que Rudolf cuspia em seu rosto, só sentia as violentas estocadas e uma sensação próxima do desmaio. Com os olhos encharcados de lágrimas e inchados de apanhar, ela nem viu direito o que aconteceu, mas Rudolf arqueou e gritou como se um demônio estivesse arrancando sua alma. Foi inundada de porra e urina ao mesmo tempo, e achou que aquele escândalo todo era porque ele estava gozando.

Não era. Um braço desmorto tinha atravessado Rudolf. Algo brotou do chão, bem atrás dele e o matou, mas o que seria...? O estuprador caiu por cima de mendiga, os olhos revirados e vazios, e seu pau murchou automaticamente dentro dela. Ainda estava com a boca aberta do grito, e a saliva começou a escorrer.

— O sangue de uma virgem é um líquido tão místico que teve o poder de me reviver, e, ao mesmo tempo, o ato sexual de vocês foi tão sujo que só poderia despertar uma criatura imunda como eu! - disse algo, que tentava ficar de pé com dificuldade. A mendiga, presa embaixo do corpo pesadíssimo de Rudolf, não conseguiu se defender da fome do vampiro recém-despertado.

Ao longe, três gerações de bruxas, representadas por três mulheres, observam o renascimento do morto-vivo: uma jovem, de pouco mais de dezoito, uma mulher madura, de trinta e três e uma idosa, de cinquenta e cinco anos.


— Mãe?

A mulher que atendia por essa alcunha olhou para a jovem.

— Você lembra algo de... lá?

— Eu me lembro sim, tudo começou com aquelas pirralhas, a filha e a sobrinha do Reverendo Parris. Elas xingavam, blasfemavam em voz alta, e às vezes desmaiavam. Os médicos não achavam explicações para o estranho comportamento dessas meninas, e a coisa começou se espalhar e afligir outras meninas da comunidade.

— Outras?

— Sim, mais duas garotas foram acometidas por esses mesmos sintomas. Era uma comunidade puritana, então qualquer coisa que fugisse dos padrões morais, como simplesmente dançar, era considerado diabólico e pecaminoso. Na verdade, eles condenavam qualquer coisa que visasse simplesmente prazer.

— Que saco! Salem naquela época devia ser um verdadeiro porre! - resmungou a jovem, que agora estava sentada aos pés da narradora.

— Sim. Era mesmo. Agora imagine você vivendo sem diversão, sem prazeres, sem nada disso. Eles se consideravam o povo escolhido de Deus. Chegaram ali foragidos das perseguições religiosas da Inglaterra cerca de sessenta e seis anos antes, e estabeleceram rígidos códigos de conduta e moralidade. Ou seja, não demoraria muito para que os foragidos se tornassem caçadores, e o pior, entre sua própria gente!

A idosa, que completava a tríade feminina naquela sala, também estava languidamente deitada aos pés da mesma narradora, e bocejou.

— Continue Mãe. - pediu a jovem.

— As versões são muitas, ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Ao que parece uma escrava do reverendo Parris, chamada Tituba, levou as meninas para dançar no meio da floresta, e lá também contou a elas estórias folclóricas de seu país de origem. Outros dizem que, na verdade, Tituba fez rituais de vodu usando as meninas. Eram quatro crianças, de nove a dezesseis anos.

A mulher respirou fundo, revivendo aquelas memórias terríveis de sua última encarnação. Mesmo agora, reencarnada, certas coisas ainda doíam. Ela continuou:

— A filha do reverendo, Betty Parris, começou a ter pesadelos onde dizia ver claramente o diabo em pessoa, vestido de negro, lhe dando um livro para ser assinado. E junto dele estavam várias pessoas que já tinham assinado.

— Que mente fértil tinha a pilantrinha. - resmungou a idosa, pela primeira vez - Não vou me adiantar na sua estória, mas pra mim ela e as outras três estavam se sentindo culpadas por dançarem na floresta e inventaram tudo isso!

A narradora olhou feio para a idosa, mas continuou:

— Sua prima Abigail Willians, que também tinha pesadelos, confessou a dança com a escrava na floresta, e a comunidade resolveu torturar Tituba até arrancar um arremedo de confissão dela, que disse estar possuída para corromper as meninas. Via o diabo às vezes como um cachorro enorme, outras como um porco.

— Pobre escrava. Imagino o quanto não foi torturada pra dizer isso.

— Sim. Mas as diabinhas não pararam por aí. Elas apontavam o dedo acusador para todos, e em algum tempo, mais de uma centena de pessoas aguardavam presas para depor, outras tantas já estavam sendo torturadas e mortas. A insanidade chegou ao limite quando começaram a culpar e matar animais!

— Animais?

— Sim. Enforcaram dois cachorros!

— Seria engraçado se não fosse trágico.

— Trágico não. Ridículo. Eu me lembro da velha Rebbeca, por exemplo, que era religiosa e mãe de onze filhos e vinte e seis netos. Ela também foi enforcada. Até mesmo o Bispo de Bridget foi acusado e enforcado. Todos eram julgados por um tribunal especial com sete juízes, e os julgamentos eram baseados nas confissões. Eles às vezes procuravam no corpo das mulheres por marcas demoníacas.

— Como eles matavam as pessoas? - perguntou a jovem, com uma curiosidade mórbida.

— Eles tinham métodos estranhos. Alguns eram prensados por pedras enormes até morrerem esmagados, mas a maioria foi por enforcamento. Eu mesma morri enforcada. - disse a narradora, dando ênfase especial na última frase.

— Não gosto de estórias em que as mulheres perdem. Isso tá ficando chato. Conte logo até o final. - explodiu a velha, com ar ranzinza.

— Bem, não me lembro direito como, mas a coisa chegou em mim. Eu fui culpada do crime de heresia por ajudar, auxiliar bruxas, causado sofrimentos em famílias e seus parentes; matado aves raras e suínos nas aldeias vizinhas. Disseram ainda que roguei uma maldição do diabo nas meninas de Parris, causando muita doença e miséria.

— Conte a parte do vidro quebrado. - riu a Velha.

— Sim, disseram que eu tinha comido vidro quebrado. Vendaram-me com um gorro, e à luz do Sol do dia dezenove de julho de 1692 eu fui pendurada pelo pescoço até a morte.

Fez-se um silêncio estranho, que a narradora quebrou falando com raiva:

— Burros, burros! Acusaram-me de herética, sendo que pra ser herege é preciso primeiro ser cristã... e eu NUNCA fui cristã!

— Que aconteceu no fim? Velha, me conte, já que a Mãe não estava mais viva. - questionou a jovem.

— A palhaçada só teve fim com política. A esposa do governador foi acusada, e ele pagou para libertá-la. Com isso o tribunal foi dissolvido, após executar vinte pessoas.

— E dois cachorros. - completou a Mãe.

— As famílias foram indenizadas, e eu nunca tinha visto um vilarejo tão cheio de órfãos desamparados. Betty Parris se casou, mudou-se de Salem. Sua prima enlouqueceu.

Quando a Velha parou de contar o fim da estória da Mãe, olhou para a Donzela:

— Vê? Hoje em dia, qualquer uma pode se vestir de preto, pintar as unhas e os olhos, colorir o cabelo de vermelho, decorar feitiços retirados de revistas, pendurar um pentagrama no pescoço e sair por aí dizendo que é uma bruxa. Ninguém vai querer matá-la por isso, mas antes, nos tempos negros e ignorantes, a história era outra. Se você recusava a se deitar com um homem poderoso, ele te acusava de bruxaria, e te queimava por isso!

A jovem ia sorrir quando sentiu a presença dele entrando na casa. "Nosso filho-amante chegou", e então suas próprias memórias voltaram dias atrás...


— Donzela?

— Eu não perguntei o seu nome, lembra? Na verdade, pouco me interessa seu nome. Então, não queira saber o meu também. Pode me chamar de Donzela.

Ele era um homem alto, não muito forte, mas com rosto endurecido. Fez uma cara tão feia que ela pensou que levaria uma bronca dele por ser tão insolente.

— Taí. Gostei. Isso vai evitar um monte de coisas, como, por exemplo, aquela famosa ligação no dia seguinte, que toda mulher reclama. Eu não vou te ligar. - ele ironizou.

A jovem sorriu, mas na verdade ficou puta com aquele comentário. Se ele não fosse o cara especial de que ela necessitava, não ficaria mais um minuto ouvindo aquele babaca.

Estavam no Aces High Bar, um ambiente apropriado para uma conversa descontraída numa noite qualquer. Encravado na torre do Observatório de Algol, uma das mais altas de Sistinas, a panorâmica da cidade era mágica. E a Lua, como explicar? Estava enorme, brilhante, o que fazia aumentar a sensualidade da jovem.

— Por que não quer me dizer seu nome? Algum segredo escondido? - ele insistiu.

— O meu maior segredo é que sou uma bruxa. - ela disparou, mas o jeito que mascava displicentemente o chiclete fazia essa declaração soar falsa.

— Como assim, uma bruxa? Quer dizer, dessas de caldeirões, vassouras e poções mágicas?

— Não. Dessas que sabem as artes do amor, do sexo, das plantas, da astrologia, e dos sinais da natureza.

— Do sexo? Gostei disso.

A conversa fluía, fútil. Na verdade, parecia que nenhum dos dois estava verdadeiramente ali. A jovem lembrou-se de algum de seus muitos encontros de internet, em que duas pessoas se conhecem e descobrem tarde demais (e ao vivo) que não tem nada em comum com a outra, e aquela situação desagradável começa a ficar insuportável. Ela queria ir embora, mas as outras duas mulheres que a esperavam em casa queriam AQUELE homem.

Enquanto ele discursava, ela observava apenas os lábios dele se mexendo, e imaginando os mesmos dizendo "Vou te foder essa noite, vagabunda." Na verdade, ele só estava ali ainda pela oportunidade de sexo com ela. Já a jovem, bem, pensava que às vezes uma mulher tem que saber usar de sua sensualidade latente, se prostituir um pouco para conseguir seus verdadeiros objetivos. Além disso, também já tinha bebido demais.

"Life's sux". Estava escrito na camisa dela. Quando ele perguntou o porquê, ela não soube lhe dar uma resposta concreta.

— Se sua vida fosse mesmo essa merda toda, você não teria grana pra comprar camisetinha de grife com essa frase de falsa rebeldia.

A Donzela parou de mascar o chiclete, e o encarou direito pela primeira vez. Uma hora depois ela estava ajoelhada entre as pernas dele, chupando seu pau...

Ela acordou no dia seguinte num quarto estranho, e viu suas roupas largadas no chão antes de entender que o gosto na sua boca não era somente da ressaca. Foi ao banheiro sujo tomar uma ducha para despertar melhor, e sentiu dores ao sentar-se pra urinar na latrina mais imunda da sua vida... "O desgraçado fez serviço completo!"

O lugar era totalmente impessoal. Só tinha uma cama mesmo, uma cômoda sem roupa alguma e mais nada. Deitou-se novamente, nua e molhada e assim permaneceu pelo resto do dia. O estranho voltaria, claro.

Ele só voltou à noite. Estranhou o fato dela ainda estar ali. Parada, quietinha, deitada como uma boneca:

— Que está fazendo aqui?

— Achou que era só me comer, querido? Eu quero mais.

— Olha, mocinha. Foi só por uma noite, ok? Esqueça que me viu, que me conheceu. Eu tive que sair e não quis te acordar, só isso. Mas agora, você está livre pra ir.

— Não. Eu quero MAIS. - respondeu ameaçadoramente a jovem. - Acha que não sei do seu segredo? Eu presto atenção em detalhes. Eu fico observando as pessoas. São como livros esperando por quem os leia.

— Do que está falando?

— Diga-me querido: você tentou me morder ontem, enquanto trepava comigo? Não mordidas de sexo comum, mas mordidas verdadeiras, daquelas que escravizam, ou matam?

O homem disfarçou. Se pudesse ainda, estaria suando frio nesse momento.

— Sim, eu sei. Você não é um homem comum. Você não pisca e nem respira, fora os detalhes maiores. Quando gozou na minha boca, por exemplo... Acha mesmo que engoli aquilo? Eu guardei, misturado com minha saliva posso fazer alguma poção útil, mas... não tinha gosto de porra. Não era quente. Sabe por quê? Porque você é um maldito morto-vivo!

O estranho ficou sem ação. E agora? Que aquela bruxinha queria dele? Antes que perguntasse, ela foi dizendo:

— Sei que você agarra vítimas pela noite com seu charme sobrenatural, e bebe o sangue delas. É cuidadoso, não encontrei vestígios de morte aqui, mas sei que mata todas que saem com você. Mas, percebeu que não conseguiu me morder ontem?

Era verdade. Até tentou se alimentar dela, mas apesar do sexo ter sido bom, algo no sangue dela parecia repugnante, e ele, pela primeira vez, deixou uma mulher viva.

— O que você quer de mim?

— Achei que não ia perguntar nunca, vampiro. Nós te despertamos, caso não saiba. Lembra do estuprador e da mendiga que matou? Estávamos lá. Agora, te queremos como amante, protetor, e como protegido também. E te daremos alguns presentes para essa tarefa, em troca de algo que só você pode nos oferecer!


— Vampiros! - apesar de estar sozinha, a loura limpou a garganta, como se fosse ler aquele documento em voz alta diante de uma plateia, e continuou:

"Esses corpos sombrios são crias malignas, filhos diretos do demônio. São animais que preferem a noite ao dia, e que atacam vacas e cavalos e também homens para lhes sugar o sangue. Alguns são como fantasmas, que sob a influência poderosa da Lua, ignoram a própria massa corpórea, se desmaterializam e atravessam seus túmulos e também paredes e muros.

Quando se escapam de suas sepulturas, procuram com seus sentidos animalescos por uma vítima que lhes agrade, conforme a idade, sexo e físico de suas preferências.

Nunca mordem vítimas doentes, e nem idosas. Atacam usando o olhar fascinante, e então tentam atingir o coração, simplesmente por ser a fonte de todo o sangue. Como esse órgão vital está geralmente protegido por roupas, ele se desvia até o pescoço, onde irá, se não for detido ou interrompido, chupar todo o sangue do corpo da sua presa. Ponto."

A loura pensou mais um pouco, estreitando os olhos, e suspirou alto. Por baixo do papel onde escrevia, seu passaporte italiano, que estava em nome de Francesca. A beldade não usava mais seu nome real há tanto tempo que muitos já o haviam esquecido.

Era Lorelei agora, o codinome que adotou desde que resolveu servir ao Vaticano. Sentia-se desconfortável lendo sobre aquelas criaturas malignas estando nua. Caminhou até a cama, onde estava cuidadosamente passada sua indumentária de cerimônias. Era toda preta, com uma grande cruz de Malta branca adornando o peito, exatamente acima de seus generosos seios. Estava ajeitando a roupa, quando o telefone tocou.

— Sim?

— Está pronta, cavaleira? Eu fui contra todos por apostar em você. Sabe que normalmente não são permitidas mulheres-guerreiras em nossa ordem, mas não poderíamos desperdiçar um talento como o seu. Você esteve sempre além da medicina e ajuda aos necessitados. Agora chegou seu batismo de fogo: caçar e destruir um vampiro verdadeiro!

— Agradeço a confiança que o Vaticano deposita em mim.

— Checou as armas? Eles estranharam as tais flechas de pena de corvo que pediu, mas eu vi o estrago que você é capaz de fazer com elas...

— Sim, está tudo aqui. Alguma última instrução antes que eu comece minha caçada?

— Não, mas lembre-se Lorelei... É seu batismo de fogo. Nada de heroísmo. Apenas elimine o vampiro que nomeamos, e será aceita definitivamente como uma Hospitalária.

Quando Francesca desligou o fone, deixou escapar um sorriso. Uma Hospitalária! Que honra, era a única das ordens militares e religiosas da Idade Média que ainda estava em atividade, além de ser reconhecida pelas Nações Unidas.

Deu uma última olhada em seus equipamentos antes de sair. A espada, facas diversas, tudo em prata, uma herança, podemos assim dizer, dos tempos em que a ordem era voltada apenas para saúde e medicina. Seus hospitais na velha Europa sempre contavam com utensílios de prata, que asseguravam maior higiene, até que eles decidiram combater as forças malignas em nome do Vaticano. Geralmente, eram em missões de espionagem ou eliminação de seitas demoníacas, mas atualmente as coisas mudaram, e os cavaleiros acabam combatendo algumas criaturas também.

As ordens recebidas foram bem claras: Francesca, a caçadora do Vaticano, fora designada à cidade da luxúria para relatar os casos profanos. Mas, como um vampiro tinha sido rastreado, ela agora deveria eliminá-lo!


Continua em Corações Negros - parte 2


Comentários do autor

A Salem dos dias de hoje (mudou o nome para Danvers) já não é a mesma. É um pólo turístico, mantendo a famosa "The Witch House", um museu e memorial sobre os acontecimentos de 1692.

Foi publicado originalmente em 22.08.03.


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